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Que amor não é posse a gente sabe. Agora como proceder?

A gente maratona aquela série, repete mil vezes aquela música, senta perto daqueles amigos. É impossível não querer ficar próximo do que a gente ama. E na hora do amor, nas questões do coração é normal isso se intensificar.

A gente esquece que estar perto do que ama só é bom porque muitas vezes ficamos longe. Aí a gente quer ficar perto o tempo tudo, em busca de um estado indiferenciado de presença: só presença, sem ausência.

A presença só existe porque existe também a ausência. Se tudo fosse sempre presente o tempo todo não haveria possibilidade pra pensarmos sobre isso! A presença existe em função da ausência, e vice-versa. Só queremos perto alguém que está longe!

Sempre perto, é sempre seguro, é constância constante, é negação da mudança do estado estado de coisas. Mas amar é querer perto, e pra querer perto é preciso distancia. Amar é querer conhecer, e só quer conhecer quem tem curiosidade e aceita o estado de não saber.

Só consegue amar quem consegue suportar a distância e o mistério.

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Psicólogo clínico psicanalista, orientador e consultor. Formado em psicologia pela Universidade Estadual de Londrina. Trabalho com atendimento de adolescentes, adultos e casais, com ênfase especial em relacionamentos amorosos, sexualidade, habilidades sociais e questões existenciais. Trabalho orientando psicólogos em seus atendimentos para melhora de seus pacientes. Trabalho também prestando consultoria a empresas e pessoas públicas para melhora na motivação e produtividade ou resolução de conflitos.

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