Tudo começou antes mesmo de eu nascer. Sempre houveram brigas, desentendimentos, e drogas. As vezes quando quero lembrar da outra face dele eu passo pelas ruas, onde tem pessoas bêbadas e eu sinto aquele cheiro, mascarado de um pedido de socorro.
Nem sempre foi sim, minha mãe dizia, fomos felizes, até ele começar a beber , – é o diabo ele usa as pessoas, termina minha mãe.
Ele não sempre agressivo, ela nem sempre só pensava na religião, de vez em quando havia paz.
Não é como se eu fosse a que mais sofreu, meu irmãos tão piores, o triste é que eu to no meio disso, tentando entender.
Enfim, eu me relacionei com uma pessoa que ao meu ver era especial. No inicio eu não dava nada por ele, e ele desde o inicio comentava que era do candomblé, eu nunca me liguei nessas coisas até porque eu sempre acreditei em coisas maiores. O problema era que sempre que ele estava alcoolizado falava de Exus, proteção e blá, blá, blá e eu não dava muita importância também.
De acordo com ele, Xapanã é seu orixá de cabeça – e por incrível que pareça eu sempre gostei da imagem dele.
Fomos nos relacionando e eu comecei a gostar muito dessa pessoa, minha mãe dizia que foi feitiço, eu juro que até hoje não sei se foi feitiço ou um sentimento sincero.
O que muda nessa história foi que eu do nada tive uma reação alérgica a ibuprofeno, e eu sempre tomei esse medicamento, lembro que ele dizia que poderia ser o xapanã me punindo caso eu quisesse fazer algum mal a ele. Eu podia ter morrido durante essa alergia e eu comecei a ter umas experiencias estranhas a partir desse dia.
Eu estava decidida a me afastar dele e eu realmente me afastei, principalmente após ele comentar sobre não monogamia e amor livre (eu não acredito muito nisso), mas respeito, tanto que dei um fim na relação.
A história fica bizarra depois dai, aguardem a parte 2
Um grupo de apoio emocional e saúde mental. Desabafos anônimos, troca de experiências e apoio psicológico.