O ator Nando Cunha, conhecido por seus papéis marcantes em novelas como Salve Jorge e Travessia, usou as redes sociais nesta quarta-feira (4) para anunciar seu afastamento da peça O Dia em que Raptaram o Papa. O motivo, segundo ele, é a necessidade de cuidar da saúde mental diante de um quadro de depressão.
“Amigos, em comum acordo com a direção e a produção da peça, decidi me afastar do espetáculo para cuidar da minha saúde mental. A arte tem o poder de salvar o espectador, mas nem sempre quem está no ofício de representar. O artista sobe ao palco com uma parte de si, enquanto a outra luta para esconder a dor”, escreveu o ator em comunicado publicado no Instagram.
Ele também reforçou a seriedade da doença: “Depressão é coisa séria. Não é frescura, não é escolha, não é fraqueza. Por isso, tomei a decisão de buscar ajuda e priorizar meu bem-estar. Agradeço profundamente aos meus colegas de elenco pela generosidade e compreensão. Desejo a todos muito sucesso. Até breve.”
Em fevereiro deste ano, Nando já havia emocionado o público ao publicar um vídeo em que aparecia chorando, revelando o fim de um relacionamento de um ano e três meses. Na ocasião, contou ter sido pego de surpresa com a separação e relatou estar mergulhado em uma tristeza profunda.
“Estava vivendo uma tristeza profunda por conta de um relacionamento que acabou. A pessoa que estava comigo cansou. Era um relacionamento em que eu apostava tudo. Sou um homem preto, de 58 anos, não sou um padrão de beleza, já não sou novinho. Nunca sei se a pessoa está comigo porque quer estar com o Fernando ou com o Nando Cunha, o ator conhecido”, desabafou.
Ele ainda revelou que, mesmo em um momento de fragilidade e dificuldades financeiras, tentou manter o apoio ao ex-companheiro: “Foi muito difícil para mim. Foi uma pessoa que eu ajudei muito e largou minha mão num momento muito ruim. Eu estava desde fevereiro sem trabalho, sem dinheiro. Vivendo um momento muito ruim de depressão. E mesmo assim, ajudei muito para que ela tivesse o trabalho dos sonhos. É muito fácil largar a mão de alguém quando ela está frágil, vulnerável, falida. Se fosse o contrário, eu seria chamado de ‘boy lixo’. Mas eu fui muito carinhoso, afetuoso nessa relação.”
Se você também está enfrentando um momento difícil ou lidando com questões relacionadas à saúde mental, saiba que não está sozinho. Procurar ajuda é um ato de coragem e pode fazer toda a diferença. Participar de grupos de apoio é uma maneira poderosa de compartilhar vivências, fortalecer vínculos e encontrar acolhimento. Quer saber mais ou encontrar um grupo próximo a você? Clique aqui e entre em nosso grupo de apoio