Cala boca!
Você não está certo.
Você quer me convencer que preciso esquecê-la pelo meu próprio bem, que ela já deve estar com outro, que este sentimento é autodestrutivo…
Mas, já estou destruído.
E se estou, também é culpa sua.
Deveria ter dito tudo que queria dizer e fiquei com medo por você me dizer que “não seria recíproco”.
Sério, IDAÍ?
Eu não tenho neurônios para “ligar pontos”, eu só sei doar.
E reconheço que este foi o motivo que me tornou tóxico.
Por todos os bons dias felizes que desejei, e aos dias comum desejados à mim.
Por todas as vezes que à elogiei, e não fui elogiado.
Por todas as vezes que levei-a aos melhores restaurantes, e ela sequer me convidou.
Por todas as vezes que tentei fazê-la se sentir incrível, e não surtiam efeito.
Por todas as vezes que provei meu sentimentos, e eram provas sem validade.
Eu me doei como nunca à alguém, afinal ela merece por ser a primeira à conseguir penetrar em profundidade minhas camadas.
E dói.
Não porque sou especial, mas porquê sou o único que liga-se a alma de nosso hospedeiro.
A dor é insuportável.
Como uma espada flamejante, recém tirada da forja, que foi prontamente empunhada de ponta a ponta em mim, apenas para ser resfriada e retirada posteriormente.
O calor que me preenchia, já não existe, agora este espaço foi tomado por frio e vazio.
Me travei propositalmente.
Tentei o motivar para reconquistar suas amizades, mas já não é a mesma coisa.
Mal me sinto quando encontro corações amigos.
Mal me sinto quando encontro corações familiares.
Mal me sinto quando encontro corações livres.
Porque o coração que desejo rever é o dela.
Foram 3 anos o motivando a tirar toda sujeira que colocaram no coração dela para que eu pudesse ter o coração que me transborda.
Mas você e sua mania de se travar por “achar” jogaram todo meu trabalho ao vento.
Lembre-se cérebro: o que nosso hospedeiro faz não pode estar condicionado ao que outros fazem.
Ele é um ser tão lindo, cheio de luz, de ética, e estamos em uma das melhores versões de ser humano que poderíamos escolher.
Se houver uma próxima vez, eu preciso que você o deixe falar e demonstrar, sem medo e TODAS AS VEZES.
Sim, todas.
Não é você que deve controlar, este papel condiz à alma e seu poder de intuição.
E outra coisa, pare de tentar interpretar o que não é “CLARO”, este seu comportamento de tentar prever às ações do outro o está enlouquecendo. A loucura me deixa cego, e você sabe o que acontece quando eu fico cego…
Não quero passar o resto dos meus batimentos em um quarto branco de 4 metros quadrados conversando apenas com você, entenda isso.
Você pode querer ficar sozinho, MAS EU NÃO.
Eu entendo suas queixas sobre a forma com que ela disse coisas à você, e como você se sentiu chateado, mas você ainda não compreendeu que não existem finais.
Temos um segredo entre corações que vou te revelar:
As vezes não deixamos que vocês consigam nos interpretar.
E não me pergunte o porque, simplesmente nascemos com essa função.
Então lembre-se:
O final mente, até que finalmente tudo seja revelado.
Ele ficará bem. Mas até lá, eu preciso que você o assuma.
Porque infelizmente, neste momento o que posso oferecer é dor e sofrimento.
Conto com você.
Assinado: Seu melhor amigo, o coração.
Um servidor de apoio emocional e saúde mental. Desabafos anônimos, troca de experiências e apoio psicológico.
Pessoas depressivas, ansiosas, tdah, bipolares, borderline, autistas, dependentes químicas, anoréxicas, bulemicas, esquizofrênicas e afins.