Sempre fui uma pessoa muito reservada, sendo muito dificil falar sobre meus sentimentos. Prefiro escrever, pois falar evidencia meu fracasso sentimental. Conheci e me apaixonei por um homem, anos atras, que na época passava por um divorcio conturbado. Resolvemos mudar de país e recomeçar a vida e assim o fizemos. No inicio ele era um amor, parecia um sonho, e até trouxe minha mae pra viver comigo, pra eu nao me sentir sozinha. Em 2013 tive um aborto espontâneo, quando morreu parte de mim e no fim de 2014 engravidei novamente e tive minha filha, meu grande amor, Quando minha filha completou 6 meses de amamentação exclusiva, resolvi correr atraz de um grande sonho, me formar na faculdade, sempre começava e nunca terminava, Tenho um histórico de carreiras nao terminadas como Advocacía, Eng. Ambiental, Adm. Hospitalar e finalmente, a que consegui concluir com louvor: Eng. Mecânica, foi aí que começaram os problemas... Por ser uma carreira predominantemente masculina, sempre fui a única mulher da sala e isso provocaram muitos episódios e brigas por ciúmes e com o tempo, fui perdendo o "jeito" com amizades, me isolando cada vez mais. Hj nao tenho amigos e nem amigas proximos, e foram tantos os episodios de abuso emocional que já nao existe amor e nem química nessa relação, já nem sei mais o que é sexo, minha filha tem quase 7 anos, e durante esse tempo, acho que nao estivemos juntos nem 3x. Sou uma mulher jovem e tenho meus desejos e necessidades. Só conversamos coisas triviais e na maioria das vezes nem suporto mais ouvir sua voz, só reclama o tempo todo, nada é totalmente bom, nada é suficiente, sem falar da humilhações que eu e minha mãe fomos submetidas todo esse tempo. Agora estou aqui, em um país estrangeiro, sem familia, sem amigos, sem dinheiro, sem amor e vivendo uma vida miserável, onde não tem um dia que não me arrependo das minhas escolhas, lá no passado... Isso me atormenta, diariamente, já nada faz sentido, não tenho válvula de escape, diariamente, é como se estivesse me afogando, todos os dias. Já não sei o que fazer, desculpem meu desabafo...
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