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Cinco mitos sobre o sucídio

1 – O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio.

FALSO. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio. Após o tratamento da doença mental o desejo de se matar desaparece.

 

2 – As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção.

FALSO. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar.

 

3 – Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou.

FALSO. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar.

4 – Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.

FALSO. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco.

 

5 – Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco.

FALSO. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.

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CAMILA MIRANDA

Meu propósito como psicóloga é promover um maior entendimento nas relações interpessoais e maior saúde emocional. Sou graduada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e possuo mais de 20 anos de experiência na área educacional e na área clínica. Em instituições de ensino, realizo acompanhamento educacional, orientação profissional, palestra com foco na temática Bullying, entre outros atendimentos. Na área clínica, realizo acompanhamento psicológico de crianças e adolescentes, orientação aos pais e orientação profissional. Idealizadora da campanha “Levante-se Contra o Bullying” e autora de livros na area de educação, psicologia e bullying. Para conhecer mais sobre os livros e meu trabalho acesse: https://camilamirandapsico.com.br/

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