Tão lindo quanto o nome do artigo seria se, de fato, alcançássemos essa utopia.
Temos falado tanto da importância do autoamor, da construção e manutenção da autoestima, mas o que continuamos vendo sendo reforçado a todo momento é o padrão de beleza ou a imposição de formas de se vestir, de se comportar, de usar o cabelo ou de se maquiar.
E isso sem falarmos da aparência, daquilo que parece bonito aos olhos da maioria, seja por peso, cor da pele, aparência e textura dos cabelos, marcas que, porventura, a vida tenha deixado.
Tudo tão cobrado, tão questionado, mas parece que se esquecem que é impossível um padrão único quando o assunto é o ser humano.
Afinal, cada um tem a sua individualidade, aquilo que sente que lhe faz bem, aquilo que é importante para si.
Entenda, quando falamos de autoamor, falamos de algo que o indivíduo luta para aprender, pois a maioria aprende desde sempre a se odiar, a procurar por defeitos, a buscar coisas para mudar em si, o que não é necessariamente um problema se fosse algo que viesse por iniciativa da própria pessoa.
Entretanto, sabemos bem que, na maioria das vezes, aprendemos a querer mudar em nós aquilo que os outros apontam como estranho, errado ou fora de moda. Mas será que devemos mesmo sucumbir ao outro quando temos a opção de aprender a nos amar desde sempre?
O que somos passamos para os nossos filhos
Hoje estou aqui com um pedido simples de falar, porém, bem difícil de se colocar em prática, afinal, o que desejo é que possamos ensinar aos nossos filhos a se olharem como nós os olhamos.
Pois quem é pai ou mãe sabe bem que não há crianças no mundo mais lindas do que as nossas, que não enxergamos um defeito sequer, porque os olhamos com olhos de amor e é com esses mesmos olhos que devemos ensiná-los a se enxergarem.
Não sei ao certo, mas em algum momento a perfeição dos nossos vão dando lugar às críticas, no início pequeninas, do tipo: “prenda esse cabelo” ou “não coma tanto assim”, até que cheguem ao ponto daquelas frases que soam tão dolorosas, como, por exemplo, “se continuar nesse caminho, ninguém vai te querer”.
Triste falar isso, mas também é a mais pura realidade.
Então, hoje eu rogo para que a cada pensamento de crítica sobre si, pense em uma razão para se amar e, assim, vamos tentando transformar o padrão de beleza que hoje conhecemos em algo mais produtivo como aprender a se amar.
Um grande abraço e até a próxima!