Em uma vida reclusa de quarentena, estamos mais distanciados por obrigação e isso altera a relação que você tem com você mesmo. A solidão é inerente à condição humana e sempre esteve presente na nossa história, as religiões sempre apontaram e refletiram sobre esta circunstância.
Estar sozinho pode ser um momento de autocuidado, pode ser também uma obrigação, pode ser estar diante de si mesmo, pode ser um sofrimento e pode ser tudo ou nada disso. Conversar com suas próprias emoções, pensamentos e vontades é desafiador e pode ser uma benção ou uma maldição, a relação estabelecida com aquilo que acontece dentro da gente é de importância grande neste momento.
Perceber que aos poucos você não é o pensa e o que age, mas que existe um “eu” por trás de tudo isso e que pode observar o que passa aí dentro como que de “fora”, a solidão pode ser um momento necessário para o amadurecimento e fortalecimento daquilo que você deseja ser, você e eu somos constante transição entre o aqui e o vir-a-ser. O caminho da solidão pode ser uma via de encontro com aquilo que está perdido, talvez seja a guinada necessária para reconhecer-se pessoa.
O que a sua solidão está te contando?
Vinícius Branquinho
CRP 06/140030
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