É duro não ter amigos! Não ter com quem se abrir e se sentir acolhido! To tentando ver a vida diferente e depois de algumas buscas encontrei essa ferramenta pra desabafar, que alívio!
Tenho muita dificuldade de me relacionar, de confiar em alguém, de criar laços e ser feliz, eu sei que não existe uma pílula mágica, mas as vezes eu penso: será que nem tudo tá perdido?
Em 1966 com um ano,fui abandonada na casa de uma família, bem humilde e cheia de amor, minha mãe com 55 anos, viúva, me sustentava com sua pensão. Antes de sumirem, disseram: agora não podemos ficar com ela e foram. Os anos passaram, fui feliz na minha infancia, mas aos 13 anos passei pelo primeiro de muitos abusos por um amigo da família, que fazia quando só estava eu, minha mãe e ele. Ele pedia pra ela fazer café e mandava eu levantar a blusa, admirava meus seios. Eu mal sabia o que tava acontecendo, tive uma educação bem rígida, minha mãe nunca falou de sexo, menstruação e tal. Tudo que aprendia era na escola, com as meninas da vizinhança. Meu pai apareceu e aos 15 anos fui morar com ele e a madrasta, minha vida foi triste, eu amava minha mãe! Não era feliz nessa casa, não tinha afeto ao meu pai e nem carinho! Meu pai e minha madastra me toleravam pq eu já mocinha ajudava na empresa. Aos 15/16 anos fui violentada pelo cliente dele e nada foi feito, ficou por isso mesmo! Meu pai dizia que eu era pi...., espalhou pra família e eu acabei voltando pra casa da minha mãe. Daí a vida foi mudando, larguei o colégio e fui trabalhar! Aos 17 anos conheci meu marido, aos 20 anos casamos e minha vida mudou de novo. Meus sogros me odiavam, eram preconceituosos e nunca superaram que o filho tivesse largado uma noiva rica pra ficar com a pobretona sem estudos. Com um ano de casada as brigas começaram, primeiro agressão verbal, depois tapas na cara, ele era grande e forte se prevalecia disso. A famosa frase"ruim com ele, pior sem ele" pesou muito, tivemos duas filhas lindas e em 97 ele faleceu! Passei um período ruim, mas hoje digo que se ele não tivesse morrido, tinha me matado. Aos 32 anos eu tinha nos braços uma filha de 9 e 6 anos, era dona de casa e não tínhamos renda. No início fui fazer faxinas e alguns meses depois saiu a pensão! Meus sogros ainda tentaram na justiça ficar com parte dela, eles aterrorizavam minha vida, tentaram até destruir meu relacionamento com minhas filhas.
Passamos por muitos problemas em casa por coisas que elas ouviam e hoje venho tentando recuperar o tempo perdido com a mais velha, a gente discutia demais! Vida corrida, filhas criadas( uma fora),formadas, casadas e eu aqui, sozinha, apenas com a cia. das minhas 3 cachorrinhas. Eu não consigo me ajustar aos padrões! Me sinto um peixe fora d"agua,
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