Boa noite a todos, esse aqui é o meu segundo desabafo, diferentemente do primeiro, dessa vez pretendo falar sobre meus problemas gerais que influenciam diretamente nos problemas que tenho atualmente, enfim, acho que uma boa forma de começar é falando um pouco sobre minha criação, infância etc; primeiramente, sou filho de 2 pais tóxicos, genuinamente desmiolados: minha mãe é uma semi-narcisista, infeliz crônica e logomaníaca (tem compulsão de fala), logo, embora atualmente já esteja numa idade avançada, quase 50 anos, continua tendo uma mentalidade de adolescente rebelde do tipo "Ninguém manda em mim e quem fizer isso vai se ver comigo", e isso é muito evidente em momentos de críticas em que ela simplesmente acha que está sendo pessoalmente atacada e simplesmente "tapa os ouvidos" e fica na bolinha de mediocriodade e imaturidade dela, ou até mesmo rebate agressivamente falando coisas como "Quem é você pra falar isso pra mim ? Por acaso você paga as contas, limpa a casa e blá blá blá ?", ou seja encontrando formas de justificar seus erros, isso sem contar que tem a tendência de jogar a culpa de seus atos nos outros, ficar reclamando de tudo e todos, fazendo tempestade em copo d´água por besteiras. Enfim, acho que só a partir disso que falei já dá pra entender que viver com alguém assim simplesmente é um inferno na Terra. Já meu pai é um manipulador emocional e um viciado em pornografia e masturbação, inclusive sendo isso uma das principais razões pelas quais meus pais se divorciaram, e ainda tem gente que subestima os perigosos desse vício tão comum em nossa sociedade que nem chega a ser considerado vício por muitos, embora as provas estejam aí por todo lugar pra quem quiser procurar, às vezes mais perto do que você imagina; mas voltando, em certos momentos, ele (meu pai) era muito dramático, fazia de tudo pra se colocar como vítima na situação quando eu não fazia o que ele queria, falava sobre o quão difícil foi sua vida, sobre o fato de não ter um pai como ele, que até choraria em meu lugar se tivesse tido um assim, que ele não teve as mesmas oportunidades que eu; fazia gaslightning e até mesmo triangulação comigo constantemente pra me coagir; em suma, fazia de tudo pra que eu satisfizesse as expectativas que colocava em mim, 2 bons exemplos disso foram no ano passado, quando estava em meu último ano de ensino médio e ele começou a falar sobre Enem pra mim, que eu deveria fazer porque seria uma oportunidade pra talvez conseguir mais oportunidades ou ao menos testar minhas capacidades e blá blá blá, falei que não queria fazer, mas mesmo assim, passando algum tempo, num certo dia quando eu estava na casa da minha vó e ele foi lá, simplesmente chegou em mim com aquele sorriso de banana e disse: Olha eu tenho uma boa notícia pra você, eu sei que você não queria, mas mesmo assim eu te inscrevi no Enem, e novamente falou a mesma ladaínha de antes, e que eu deveria me preparar porque no dia da prova viria aqui em casa pra me levar no local do exame, na hora só me lembro de ter sentido uma frieza mental, e embora meu pensamento fosse o de "Não, eu não vou fazer isso", apenas concordei, em seguida ele foi comunicar a notícia a minha vó. Eventualmente, chegando o dia da prova, acordei bem cedo, desjejuei, me arrumei, escrevi um bilhete de conscientização pra ele, deixei-o na maçaneta da porta do meu quarto e fugi pra um lugar onde gostava muito de ir antigamente. O outro foi num dia em que estávamos num supermercado, e como eu estava desempregado ele simplesmente chegou num repositor de prateleiras e perguntou "Boa tarde, vocês estão contratando gente ?", e o moço respondeu que sim e meu pai disse "Ah, meu filho tá desempregado, então eu vou trazer o currículo do meu filho aqui, é bom fazer algo da vida, né ? E talz", ou seja estava tentando me constranger na frente de outra pessoa, me fazendo sentir vergonha da minha situação pra que agisse como ele queria, no caso arrumar um emprego, decisão essa que é apenas MINHA e de mais NINGUÉM, simplesmente fiquei em silêncio. E esses foram apenas alguns exemplos de situações ruins pelas quais passei devido a esse comportamento inescrupuloso desse parasita de quem descendo, talvez alguns que lerem isso achem que tudo o que falei não passa de frescura, que estou apenas chorando quando na verdade deveria agradecer por ter tido um pai que "se preocupava comigo", e olhando superficialmente isso faz sentido, mas a vocês que pensam assim apenas pergunto... Muito provavelmente vocês também têm problemas pessoais com outros pessoas que estiveram ou estão presentes em suas vidas, certo ? Afinal, quem nunca, né ? Mas aí eu lhes pergunto, existe alguém nesse mundo capaz de entender tudo o que sofreram ou sofrem durante essas más experiências como vocês ? Obviamente, não... só vocês sabem o quão doloroso isso é de fato, da mesma forma, só eu sei exatamente pelo que passei por ter tido a sorte de nascer filho e ser criado por esses 2 desmiolados, então peço que ao menos tentem entender o que digo, de preferência estudando sobre Psicologia, pois foi daí e não do além que cheguei a essas conclusões. Mas enfim, agora voltando, ainda não falei sobre minha criação, infância etc; bom, começando pelo fato de que praticamente fui criado igual um passarinho de gaiola durante muitos anos, pois segundo os meus pais, "o mundo é um lugar muito perigoso, passam carros na rua direto, existem pessoas ruins por aí, então é melhor ficar dentro de casa, aqui você está seguro", logo não tive amigos onde moro, as únicas amizades, ou o mais perto disso que tive foram meus colegas de escola; era reprimido em várias aspectos: se eu gritasse, mandavam eu calar a boca, senão dariam um tapão nela, se eu falasse palavrão, apanhava, isso sem contar que eram crentes, o que só piorava as coisas mais ainda; não podia jogar jogos de tiros e escutar rock porque segundo eles "Deus não se agrada disso" (Como se mais tarde isso tivesse adiantado em alguma coisa kkk). Nunca fui incentivado a desenvolver meus talentos, no máximo, se eu falasse que queria fazer algo como jogar num time de futebol profissional ou aprender a tocar violão, meu pai comprava os equipamentos necessários, me levava nos treinos, ensaios e depois foda-se, não buscava saber sobre meu progresso e nem me incentivava a continuar. Minhas emoções também eram simplesmente jogadas na lata do lixo: se eu vinha reclamar que estava triste ou puto porque o meu irmão mais velho me bateu ou comeu minhas coisas, falavam que eu era o culpado por ter ficado perto dele e falavam coisas como, "ah deixa ele comer, vai ficar brigando por besteira, depois a gente compra mais". É notável que eles sempre deram tratamento especial a ele, comprando presentes melhores, relevando o que fazia de ruim comigo, dando-lhe mais liberdade só porque não tinha pai, já que o mesmo simplesmente o abandonou quando ainda era bem pequeno. Se eu "aprontasse", apanhava e me mandavam não chorar, senão seria pior. Quando estava perto de meu pai, por mais que ele estivesse fisicamente presente, eu não sentia a sua presença e nem o seu amor paterno, muito pelo contrário da parte dele só sentia frieza e distância, praticamente me tratava mais como alguém de fora do que o seu filho. Também nunca se importaram em me educar pra eu me tornar um bom homem, nunca me deram conselhos de vida, como Prjoeto de Vida, formas como deveria agir em determinadas situações: profissionais, pessoais (amizades, relacionamentos sérios etc). Bom, e agora passando aos precedentes do divórcio deles, eles discutiam constantemente, viviam falando sobre os defeitos e erros um do outro, minha mãe desconfiava de que ele traía ela com outras e vivia jogando o passado dele na cara dele e ele falava sobre os defeitos físicos e psicológicos dela, não demorou muito e, num certo dia brigaram feio bem na minha frente, chegando ao ponto de rolar agressão, por sorte ainda consegui sair correndo a tempo pra me afastar de onde eles estavam, senão teria tido o desprazer de presenciar isso. Posteriormente veio o divórcio. Certo, já falei sobre as causas, agora falarei sobre os efeitos colaterais: Um jovem de 18 anos, superdotado, maquiavélico (ou frio e calculista se preferir) e não, não sou o tipo de pessoa que fica manipulando os outros a todo momento, ou cometendo quaisquer outros tipos de atos inescrupulosos pra alcançar meus objetivos, nem todos os maquiavélicos são assim, existem muitos que são boas pessoas, são bons profissionais, bons pais, bons filhos, bons maridos etc. A única coisa que difere nós dos neurotípicos é que temos uma perspectiva de mundo bastante peculiar, valores morais diferentes, mais voltados para os objetivos ao invés dos meios que é o que acontece com vocês, ou seja acreditamos que podemos fazer algo que pra maioria das pessoas é considerado moralmente errado, se isso trouxer um bom resultado para nós ou para todos, como por exemplo, manipular uma pessoa para que ela não tome uma das piores decisões da sua vida, como se envolver com um lixo humano, fazer um péssimo empreendimento, usar drogas etc ou para que começasse a fazer algo bom da vida, tipo praticar esportes, se consultar com um psicólogo, ou até mesmo ajudá-la nós mesmos com seus problemas pessoais etc, em suma, somos capazes de fazer o necessário pra que o que consideramos como o bem, o certo prevaleça; com tendências depressivas, paranóicas e autistas e viciado em pornografia e masturbação, logo tenho sérias carências emocionais, dificuldades pra desabafar, estreitar vínculos com outras pessoas, entender as minhas e as necessidades emocionais delas... praticamente sem nenhum amigo de verdade, de fato nunca tive o que considero como uma amizade genuína, também nunca fiquei ou namorei alguém, o que de certo modo fez com que eu sentisse um vazio na alma que confesso que me entristece um pouco, até porque por mais que a primeira vista eu ache estranha a ideia de ter uma intimidade mais profunda com alguém, no fundo, no fundo eu gostaria de ter a oportunidade de experienciar isso. Por mais talentos que eu tenha em geral, o que é bastante útil, já que facilita bastante o aprendizado nas áreas com as quais tenho afinidade, uma das principais razões pelas quais fui o melhor aluno da minha sala no 3º ano do Ensino Médio: Tirava boas notas nas provas, era bastante proativo, liderava bem meus grupos, fazia boas apresentações, trabalhos individuais como textos, pesquisas, gráficos etc; era bastante sociável com todos, colegas, professores e demais funcionários da escola; ainda não decidi o que quero fazer da vida e muito menos comecei a por a mão na massa... eu sei perfeitamente o que preciso fazer pra resolver isso: pesquisar, listar as opções, decidir, estipular metas, planejar o processo pelo qual atingirei essas metas e por isso em prática, mas por diversos motivos, internos e externos eu ainda não o fiz, o que de certo modo me faz se sentir mal, porque não estou fazendo o que nasci pra fazer, não estou usando todo o meu potencial de forma inteligente pra realizar meus sonhos... ou seja, sou um fracassado, pelo menos por enquanto.
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