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Quando criança devo ter lido muito Schopenhauer…

Recentemente, em meio a uma espiral de reflexões, me peguei pensando em como pessoas crentes em algo, seja mitológico, ou algo material, conseguem, mesmo que minimamente, ser estupidamente felizes!
O que, miseravelmente, fez com que um estopim de questionamentos e arrependimentos, acerca do meu passado, ascendessem, causando muito confusão e uma imensa onda de infelicidade.

Desde muito pequena, tenho questões bem fortes quanto à crenças, espirituais e materiais. Dado que, sempre obtive respostas estúpidas para questões simples, bem como: “Está trovejando, pois deus está zangado”; “Ah! Fulano de tal morreu pois deus quiz assim”; ou até mesmo “Pode deixar que o dinheiro resolve tudo”.
Então, obviamente, afastei-me de qualquer crença, acreditando piamente que a religião, em um contexto geral, era responsável pela infelicidade e desgraça na vida do indivíduo – veja só: na visão de uma criança, fizera total sentido.
Portanto, sem toda essa crença e estupidez, eu transcenderia, claro que de maneira abstrata, me livrando assim, de qualquer infelicidade e alcançaria a sabedoria universal.
Mas vejam só, me dei conta, tarde demais, que acreditar em algo ou alguém, é fundamental para o bom convívio intrapessoal. Já que ao estar liberto disso, dessa crença em algo maior, o ser humano acaba por se questionar demais acerca de sua importância no universo e isso afeta, mesmo que minimamente, sua sanidade mental!

Acabei por me tornar alguém sem propósito ou expectativa, porque no fundo, no fundo, eu sei, que eu sou apenas um mero pássaro.
Estou vivendo para quê exatamente, se não existe céu nem inferno, por que eu preciso me submeter à isso?
Esse maldito buraco em minha alma, não será preenchido tão facilmente! O que faz com que tenha sérias questões existenciais.

E eu, algum dia, algum dia, morrerei sabendo que minha existência não valeu de nada, já que, como citei antes, sou apenas um mero pássaro, um mero pássaro sozinho, perdido na imensidão que da existência.

-Indivíduo cansado

*Este texto não tem qualquer fim explicativo, minha intenção não é ser convincente. Apenas quero demonstrar minha confusão interna.

*Sinto muitíssimo, muitíssimo mesmo, se outra pessoa se identificar.

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janeiro 15, 2022
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  • ursinho

    "se questionar demais acerca de sua importância no universo" ... talvez seja esse o nosso maior rival nessa vida! Nossa própria mente tomando consciência disso, da grandeza de algo maior e da nossa pequenez. Humildade. Já ouvir dizer, acho que no espiritismo, que o ato de tirar a própria vida é como se fosse desistir desse desafio que nos foi dado (uma das piores coisas)... e eu sei que com certeza essa vida está longe de ser um mar de rosas. Mas eu acredito que se eu já estivesse 100% 'evoluida' não estaria aqui na terra. Então se estou aqui, tenho algo pra aprender, sofrer, viver, seja o que for. Seu texto me trouxe as minhas razões e fé a minha mente.. Já que é pra estar aqui, por que não fazer justamente o que a Luana sugeriu? Do limão uma limonada. Não é nada fácil, mas é uma ressignificação.. Até no lixão nasce flor! Somos seres adaptáveis, nossa mente é nosso lar! Viajei kkkk Abração, obrigada por compartilhar suas palavras, me fizeram refletir muito

  • Luana Piekoski

    Eu já passei por isso. Mas, agora, aproveite sua liberdade de crenças limitantes para encontrar o que te motiva a ser uma pessoa melhor. Viva a vida pela vida mesmo, sem qualquer pretensão grandiosa. Aproveite as cores, as flores, os perfumes, a boa comida, as pessoas legais que possa encontrar. Tenha boas conversas, assista a palestras interessantes, troque ideias com pessoas inteligentes. A vida fica boa quando decidimos simplesmente viver! Abraço fraterno

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