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Tristeza

AVISO de GATILHO
Quero desabafar e agradeço se alguém parar pra ler, e sei lá escrever alguma coisa…vou resumir
Eu tenho 21anos e abril, é sempre um mês difícil pra mim… é o mês que eu perdi minha vó, ela era é tudo pra mim, era quem me acolhia, me ajudava, me aconselhava…
Minha relação afetiva com meu pai nunca foi fácil, ele teve sérios problemas com a família dele, passou fome e todo tipo de sofrimento, e sempre descontou na gente..ele era, E AINDA É aquela tipo de pessoa que vivia alí, mas sempre tá distante, não olha na nossa cara, não conversa, humilha, sempre falou do meu peso, e me comparava e compara até hoje com outras pessoas… lembro de inúmeras vezes que ele me humilhou e me bateu..
Minha mãe tentou me matar quando eu era bebê… ela era alcoólatra, e quando minha vó morreu, ficou tudo pior ela passou a beber mais, e agredir a gente, física e verbalmente, queimava minhas coisas, e colocava a culpa de tudo sempre em mim…um dia ela disse que se arrependia de ter me tido, e que ela deveria ter me jogado num poço ( eu descobri que foi minha vó que me salvou no dia que ela tentou), nessa época eu sofri muito bullying na escola por causa do meu peso, me empurravam…não tinha amigos e nem paz.. nesse época também fui abusada por um tio, nunca consegui contar pra ninguém.
Em casa fui dormir várias vezes com fome, cuidava da minha irmã caçula, acalmava ela quando tava assustada, mas o que mais me marcou nessa época foi quando minha mãe pegou uma faca pra se suici**r, e eu salvei ela, hoje eu paro pra pensar e acho que ninguém de dez anos deveria passar por essas coisas, depois que minha vó morreu a gente passou por muitos problemas econômicos, quando ela era viva o dinheiro que meu pai ganhava ficava todo pra ele, era ela quem sustentava a gente…os anos passaram e não mudou muita coisa, aqui na minha cidade não tem muita oferta de emprego, eu trabalhei e trabalho em serviços modestos mas sempre ajudando, não consigo ainda me sustentar sozinha, mas graças a Deus a gente conseguiu sair do aluguel…pagamos a casa a prestação, é uma casa melhor, porque nessa pelo menos, não molha, na antiga, era de madeira, e quando chovia sempre molhava minha cama, eu ganho menos que um salário mínimo e ajudo como posso em casa…
Ontem eu tava no portão de casa, fazendo carinho no cachorro comunitário que eu cuido, e meu pai saiu lá e começou a me xingar, falou que era pra mim sumir dali com aquele cachorro que ele ia “estourar as nossas cabeças”, que era pra mim achar o que fazer, mas eu não tava fazendo nada de mais, eu só tava lá parada, eu não entendi o motivo, na verdade eu nunca entendi,ele sempre faz isso adora xingar e humilhar a gente na frente das pessoas, é como se ele quisesse provar a masculinidade dele, eu discuti com ele…
Contei pra minha mãe e ela disse que eu que tava errada, porque que tava parada lá, falei pra ela que ela nunca me protegeu mesmo, e não ia ser agora
É difícil não ter ninguém pra acolher a gente, ela nunca me pediu desculpas, por tudo que ela me submeteu, eu tenho mágoa dela, dele…a gente depende dele, do meu pai porque juntando a renda de todo mundo é que a gente paga as contas e compra comida (o básico), tem dias que eu acordo e penso que talvez seria melhor ela ter me matado mesmo, mas tem dias que eu acordo com vontade de viver, hoje eu tô sem ânimo, triste e gostaria de um abraço…
Antes meu maior sonho era ter um lugar pra dormir que não molhasse, agora acho que é ter como me sustentar, um dia se Deus quiser consigo, eu já tentei suicídio várias vezes, não consegui nem consultar com psicólogo pelo SUS aqui na minha cidade, já fui até encorajada pelo meu pai a me matar…mas sigo tentando viver..
Minha mãe disse que ela não quer ficar me ouvindo falar do meu pai, porque a gente depende dele, sabe eu queria ser respeitada como uma pessoa, eu não sou um bode expiatório das feridas deles que sangram em mim…
Eu não sou uma pessoa ruim, perversa… Esse tipo de coisa, eu não bebo, não fumo, nem sair de casa eu saio, eu não entendo porque meu pai me trata assim,eles não tratam minha irmã assim, protegem ela e eu sou o bode expiatório da dor..eu ganhei um curso técnico gratuito EAD , e tô tentando estudar, as vezes a tristeza bate e o desânimo me consome, meus pais me desencorajam, mas eu tenho fé que vou conseguir.
Eu não consigo me relacionar com as pessoas, sou desconfiada e tenho medo delas, me sinto traída, nunca namorei ou fiquei, não consigo me aproximar, parece que todo mundo vai me machucar e me jogar as coisas na cara…eu tenho medo de ter um namorado, de constituir família, eu tenho medo de ter filhos, eu não quero sangrar em cima de pessoas inocentes, eu chorei bastante ontem e hoje, me desculpem pelo meu desabafo, mas eu não tenho ninguém pra contar ou conversar, minha situação não é tão boa agora, mas tenho esperança que um dia melhora…as vezes a esperança foge de mim, mas tento com todas as minhas forças agarrar ela novamente..e sigo tentando viver, desculpe se o relato vitimiza, eu acho que não sou uma vítima, sou uma lutadora, todos nós somos!
Eu espero que eu não desista, que eu lute, e que um dia eu possa usar esse relato pra ajudar outras pessoas a não desistirem também.
Se vcs orarem, rezarem, por mim eu agradeço! Não importa sua religião!
Abraços!

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0
abril 5, 2023
👨‍🦱 Homem
🫶 Solteiro
1

  • Ricardo Aleph

    Olá Jujuba! Interessante como uma vida de sofrimento e angústia produz pessoas sensíveis com empatia e compreensão de sentimentos. Note o grande valor dos sentimentos e da "alma" que você tem, devido ao que passou e ainda passa. A vida forja grandes seres na dor. Não jogue fora essa grandeza por tirar a própria vida. Uso o Tarô como ferramenta de desenvolvimento interno. Pra você as cartas são o oito de espadas - carta da mente encurralada em dilemas existenciais. Prisão esgotante na vida. Da pressão de forças existênciais sobre a alma. Forte angústia. Como carta de ação o sete de espadas - precisará de sagacidade e astúcia para superar essa condição. Você não vencerá a situação através do emocional. Razão e raciocínio lúcido, frio, lhe darão ferramentas para o combate. A angústia e a sensibilidade criada por essa existência estarão sempre em você. Já faz parte da tua alma. Veja que como teu pai, você também "vive ali, mas sempre está distante" - você não tem namorado, sem amigos, não sai... . A carta do Hierofante fecha tua condição. Essa é a carta do instrutor ferido. Aquela pessoa que sente a dor dos outros, ajuda aos demais por saber do sofrimento deles, reconhece nos outros Oi s sofrimentos que já passou. Então ajuda mas não consegue curar totalmente a si mesmo. Não é uma carta de desespero. Todos os grandes personagens da história sofreram para chegar a grandeza que lhes cabia. Você tem como tendência a ficar e ajudar. Mas precisará se libertar desse ambiente para desenvolver teu potencial e ser mais feliz. Mas isso tem de ficar para vermos no futuro. Desejo boa sorte pra você, que você consiga ver a grandeza que pode se formar em você após toda essa angústia e frustração. Não desista. Temos de analisar mais teu caso.

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