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agosto 7, 2020

POR QUE FETICHES SEXUAIS SÃO CONSIDERADOS ANORMAIS PELA SOCIEDADE?

  • Por Pedro Sammarco
  • CRP 06/66066
  • Sexo

PORQUE FETICHES SEXUAIS SÃO CONSIDERADOS ANORMAIS PELA SOCIEDADE?

Parece natural perguntar sobre as causas daquilo que é considerado anormal em qualquer campo de estudo. Porém, apenas certa minoria de pesquisadores se pergunta sobre as causas daquilo que é considerado normal. Poucos se ocupam em saber como foi o processo de construção da “normalidade”. Por que será que certos fenômenos e manifestações são considerados normais? Quais são os critérios que definem o que é “normal”? Aquilo que é considerado normal muitas vezes é hierarquizado, naturalizado e essencializado, portanto é automaticamente livre de questionamentos sobre sua constituição.

A idéia de normalidade não é imposta. Seu poder se estabelece por intermédio da sedução do indivíduo, prometendo aceitação, saúde, felicidade, longevidade e beleza. Tais promessas aprisionam pessoas em um dispositivo de eterno exame e correção. A diferença que existe entre as expectativas idealizadas de corpo e a realidade possível de ser atingida gera frustração. Os ideais são aperfeiçoados e sofisticados para que sejam cada vez mais inatingíveis. Dessa forma a pessoa continuará consumindo na tentativa de atingir as metas impostas.

O enunciado sobre algo nem sempre reflete o mundo real, mesmo porque a realidade também é construída por meio de enunciados advindos daqueles que os emitem. A questão sempre é abordada e definida conforme o ponto de vista teórico adotado. O indivíduo considerado doente não é naturalmente dado. A doença é o resultado de um conjunto de enunciados de poder que a define como tal.

É interessante perceber que aquilo que é dito emite determinado efeito de “verdade” que não existe fora de determinada relação de poder. Não há discurso isento de qualquer relação de poder que o produz. Para isso é preciso compreender o regime de “verdade” da época e local em questão. Portanto, nenhuma “verdade” é neutra, soberana e imutável.

O processo de urbanização ocorrido na Europa durante a ascensão da burguesia e a revolução industrial gerou pressão, anonimato e a criação dos chamados “desviantes” que não se adequavam às normas reguladoras do funcionamento social que se definia nas cidades. Em geral, aquele que não fosse economicamente produtivo e biologicamente reprodutivo, era considerado “anormal”.

As práticas sexuais que não estivessem de acordo com a norma da procriação e de gênero foram sendo observadas, descritas e catalogadas. Com o passar do tempo, já por volta do século XIX, o tipo de atividade sexual que antes era considerada pecaminosa e anormal, começa a ser controlada e incorporada pelas ciências biológicas, representadas principalmente pela medicina e psiquiatria. Manuais médicos foram sendo escritos contendo a forma “normal” e “anormal” de como a recém “criada” sexualidade “deveria” ser praticada. Quanto mais liberada por meio da fala, mais seria visível, categorizada e disciplinada.

A antropóloga norte-americana Gayle Rubin (nascida em 1949) discute o conceito de estratificação sexual vigente em nossa sociedade ocidental. Ela propôs uma espécie de pirâmide valorativa com as seguintes categorias a seguir: no topo está a sexualidade considerada boa, normal, natural e abençoada pela religião, ou seja, heterossexual, conjugal, monogâmica, procriadora, não comercial, somente entre os dois membros do casal, relacionamento estável, mesma geração, em local privado, sem pornografia, somente entre os dois corpos, (sem nenhum objeto de fetiche envolvido no ato), pasteurizada, mesma classe social e étnica.

Em seguida vem a sexualidade heterossexual do não casado, monogâmica, para procriação, não paga, somente entre os dois membros do casal, em um relacionamento, inter-geracional, em local privado, sem pornografia, somente entre os dois corpos envolvidos, pasteurizada, entre classes sociais e étnicas.

No meio da pirâmide está a sexualidade homossexual em relacionamento estável, em pecado, promíscua, não procriativa, por dinheiro, sozinho ou em grupo, ocasional, mesma geração, em público, com objetos fetichistas e sadomasoquista.

Na base da pirâmide estão os excluídos: sexualidade considerada má, anormal, patológica, não natural e condenável, ou seja, sexo homossexual solteiro, fora do casamento, promíscua, não-procriativa, comercial, sozinho ou em grupo, ocasional ou compulsiva, entre gerações, em público, pornográfica, entre fetichistas, sadomasoquistas, transexuais e travestis.

Auxiliando nossa compreensão, os estudos queer se propõem a compreender as práticas sociais que organizam a sociedade como um todo através da “sexualização,” “heterossexualização”, “homossexualização” de corpos, desejos, atos, identidades, relações sociais, conhecimentos, cultura e instituições. São interrogados os processos sociais normatizadores que criam classificações gerando a ilusão de que existem sujeitos estáveis, identidades naturais e comportamentos regulares.

A teoria queer desafia a sociologia a não estudar mais aqueles que rompem as normas, nem os processos sociais que os criaram como desviantes. Ao invés disso, insiste em focar nos processos normatizadores marcados pela produção simultânea do hegemônico e do subalterno. Tais estudos se preocupam em criticar os processos normatizadores. Portanto, os estudos queer procuram desvelar mecanismos de naturalização e essencialização dos termos e relações por eles significados.

Referência bibliográfica:

ANTUNES, Pedro Paulo Sammarco Travestis envelhecem? Annablume: São Paulo, 2013

Disponível gratuitamente para ser baixado em PDF: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17142

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