Recomeços pedem redenção!

A palavra ”Recomeço” para muitas pessoas tem uma conotação fantasiosa, assim como pode ser interpretado como algo clichê. Alguns podem pensar: ”Porque recomeçar? Se não deu certo antes, com certeza não dará certo agora!”. São pensamentos que muitas vezes carregam raiva, medo, tristeza, ansiedade,  falta de expectativa sobre o futuro.

Diante disso eu penso ”Porque ainda estamos vivos? Será que há um sentido muito maior do qual não conseguimos enxergar agora?”.

Enquanto escrevo essa publicação, lembro da fala de um psicólogo chamado Viktor Frankl, em seu livro ”Em busca de sentido” no qual ele disse: ”O homem não deve perguntar qual é o sentido de sua vida, mas ele deve perceber que é a vida que o pergunta”. E quando me pego com essa última frase ”mas ele deve perceber que é a vida que o pergunta”, percebo que ele nos coloca em uma posição de liberdade e autonomia.

Temos a escolha de decidirmos não recomeçar, por frustração, assim como por perceber que realmente tal caminho não era bom para nós. Mas precisamos enxergar que podemos buscar entender o motivo de não recomeçarmos, se há os sentimentos de arrogância, medo, vergonha, por exemplo, porque talvez podemos estar colocando correntes em nossas próprias mãos, e nos colocando em um estado de incapacidade. (Não quero fazer comparações de quem pode estar pior do que você ou melhor, mas cada um tem uma oportunidade de se reparar).

Por isso, lanço o questionamento: será que a busca por constante segurança esteja nos cegando diante de possibilidade de recomeços, ou inícios que precisam de um sacrifício de nossa parte?

Rever a rota que criamos é um ato de redimir a vida à algum propósito, e propósitos para serem cumpridos, precisam de humildade em entender que nem sempre estamos certos, e reavaliar as rotas que não deram certo é uma oportunidade de autonomia e de criar compreensões de quem realmente estamos nos tornando e onde queremos chegar.