Os monitores de sono, como smartwatches e outros rastreadores, são ferramentas populares para monitorar a qualidade do sono, fornecendo dados sobre os ciclos de sono, frequência cardíaca e outros indicadores. No entanto, especialistas alertam que, quando usados de maneira excessiva ou obsessiva, esses dispositivos podem causar mais malefícios do que benefícios, levando a um aumento da ansiedade e até mesmo ao desenvolvimento de insônia. Esse fenômeno é conhecido como “ortossonia”, um comportamento caracterizado pela busca obsessiva por um “sono perfeito”, com base em dados numéricos fornecidos pelos rastreadores. A psicóloga Kelly Baron, que cunhou o termo, explica que, embora os monitores de sono possam ser úteis para algumas pessoas, muitos usuários acabam se tornando excessivamente dependentes deles, ignorando até informações médicas confiáveis em nome dos dados do dispositivo.
O problema surge quando as pessoas se fixam na ideia de que a qualidade do sono precisa ser medida por parâmetros específicos, como a quantidade de sono profundo ou a duração do sono leve, o que pode criar uma pressão psicológica desnecessária. Isso pode resultar em frustração e, paradoxalmente, em dificuldades para dormir, já que o estresse causado pela obsessão com os números pode interferir no próprio processo de descanso. Em alguns casos, indivíduos que se tornam obcecados com os dados do seu monitor acabam tomando decisões precipitadas, como buscar tratamentos médicos desnecessários ou até mesmo ingerir medicamentos sem a devida orientação, com base em resultados imprecisos dos dispositivos.
Especialistas em sono, como Jennifer Mundt, professora associada de medicina familiar na Universidade de Utah, sugerem que os monitores de sono devem ser usados com cautela, como uma ferramenta complementar e não como a única base para avaliar a qualidade do descanso. Eles enfatizam que o importante é adotar boas práticas de higiene do sono, como manter uma rotina de horários regulares para dormir e acordar, evitar estimulantes antes de dormir e tratar distúrbios do sono, como a apneia, que podem prejudicar a saúde. Além disso, os especialistas recomendam que, se o uso do monitor começar a gerar mais ansiedade do que benefícios, é uma boa ideia fazer uma pausa e refletir sobre como a tecnologia está afetando seu bem-estar.
A chave para um sono saudável, segundo os especialistas, está em reduzir a obsessão pelos dados e focar em fatores mais amplos que influenciam o descanso, como o ambiente do quarto, o nível de estresse diário e as escolhas de vida. A pressão por um “sono perfeito” pode ser contraproducente, já que, como destacam os especialistas, quanto mais nos esforçamos para controlar nosso sono, mais difícil ele pode se tornar. Em vez disso, deve-se buscar relaxamento e confiança no processo natural do sono, permitindo que o corpo encontre seu ritmo sem a constante vigilância dos números.
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